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terça-feira, 28 de maio de 2013

IT'S A BOOK 

 
 

Por que fazer o reconto é tão importante na Educação Infantil?

   O reconto de histórias possibilita às crianças utilizarem expressões e palavras tal como aparecem na narrativa do livro.
As crianças da Educação Infantil adoram imitar o adulto, costumam brincar de escolinha falando da mesma maneira que seus professores e é justamente essa imitação que queremos no momento do reconto de clássicos da literatura pelas crianças.
Quem nunca viu uma criança com um livro de história nas mãos fazendo todos os jeitos e trejeitos do professor dela?
Ter clareza do impacto do comportamento leitor do professor, em cada um de seus alunos, é fundamental para qualificar ainda mais seu planejamento da hora da história e assegurar o reconto pelas crianças.
Outro aspecto que deve chamar a nossa atenção é o comportamento dos colegas enquanto a criança fazar o reconto, todos devem estar atentos ao colega e de fato se interessar na história.
O reconto de clássicos da literatura infantil (contos de fada, contos maravilhosos, de aventuras e outros) pode possibilitar que as crianças aprendam a:
Utilizar expressões e palavras tal como aparecem na narrativa do livro fonte;
Apropriar-se de um vocabulário que não utilizamos na linguagem coloquial do dia a dia,
Ficar atentas à sequência dos acontecimentos da narrativa, à descrição de cenários, do vestuário e alimentos de outras épocas, ampliando assim seu universo cultural.
Ora, que outra situação de oralidade as crianças teriam oportunidade de utilizar a linguagem escrita tal como aparece na literatura?
 
 
Abaixo link com orientações elaboradas pelas professoras da EMEI Profª Maria Alice Pasquarelli
 
 

quinta-feira, 23 de maio de 2013


Pensar em Rede: a escola e a internet

   Integrar o uso de tecnologias aos recursos das salas de aula é um dos desafios do professor no século XXI enquanto, para alguns alunos, a adaptação à tecnologia no ambiente escolar é fácil, muitos professores enfrentam certas dificuldades com a inovação, que está cada vez mais  presente no cotidiano. As novidades podem ajudar na aprendizagem e no preparo dos jovens para o mercado de trabalho assim como clarear o que não consegui entender na sala de aula. Mesmo que seja um benefício para o educando ter uma aula com um professor que saiba bastante sobre a internet, alguns docentes possuem várias dificuldades com relação aos avanços da tecnologia. Seja por falta de tempo ou até mesmo por falta de motivação, nem todos estão preparados para se integrar ao processo veloz das mudanças tecnológicas no ambiente escolar.
   De acordo com pesquisas realizadas, a grande maioria dos docentes ainda não se adaptou ao uso das tecnologias no currículo pedagógico. Sobre o futuro nas escolas, acredita-se que mudanças irão ampliar as possibilidades de ensino e quem não aceitar a novidade ficará fora do mercado de trabalho. Hoje, o maior problema não é a falta de empenho; a grande dificuldade é a má formação que os educadores têm nas universidades, que não os preparam para lidar com as tecnologias.
   As redes sociais trouxeram grandes benefícios para a humanidade, mas, por outro lado, vemos que a exposição das pessoas nas redes sociais não para de crescer e, por isso, alguns cuidados são fundamentais ao usá-las:
• Cuidado ao postar fotos. As fotos podem ser coladas, modificadas e utilizadas por pessoas irresponsáveis, vindo a acarretar prejuízos à sua imagem.
• Todo cuidado é pouco ao abrir links e mensagens, pois elas podem conter vírus.
• Evite colocar muitas informações pessoais, sobretudo endereços, números de telefones, conta bancária, local de trabalho, local de estudo, pois há muitos golpistas que podem utilizar seus dados para tentar roubá-lo ou enganá-lo.
• Se você participar de grupos, verifique se os tópicos em discussão não ferem a lei e, se for necessário, denuncie.
 

Como utilizar as redes sociais no ambiente escolar?
Disponibilizar conteúdos extras para os alunos
   As redes sociais são bons espaços para compartilhar com os alunos materiais multimídia, notícias de jornais e revistas, vídeos, músicas ou de trechos de filmes que envolvam assuntos trabalhados em sala, de maneira complementar. Esses recursos de apoio podem ser disponibilizados para os alunos nos grupos ou nos perfis sociais, mas não devem estar disponíveis apenas no Facebook ou no Orkut, porque alguns estudantes podem não fazer parte de nenhuma dessas redes. Para compartilhar materiais de apoio e exercícios sobre os conteúdos trabalhados em sala, é melhor utilizar espaços virtuais mais adequados, como a intranet da escola, o blog da turma ou do próprio professor.

Confira no link abaixo a revista: Tecnologias na escola
 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

O que é uma ficha de leitura

A ficha de leitura é um resumo das ideias de um autor contidas num livro ou
num artigo, tendo como objetivo preparar um trabalho de maior fôlego onde
pretendemos conciliar a informação proveniente de várias fichas de leitura com as
nossas conclusões em ordem a produzir um trabalho sistemático e original.
Excelente para trabalhar com as crianças.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

terça-feira, 14 de maio de 2013

A leitura nas séries iniciais

Enquanto avança o processo de alfabetização, aproximar os pequenos dos livros pode fazer toda a diferença

A Borrachalioteca, em Sabará, MG: contação de histórias e acervode 7 mil livros, dos quais 800 são reservados aos leitores-mirins.
 Foto: Leo Drumond/Ag. Nitro
       Quem disse que borracharia não é lugar para crianças? Em Sabará, a 25 quilômetros de Belo Horizonte, um desses estabelecimentos vive cheio de meninos e meninas. E eles não vão até lá para encher o pneu da bicicleta. Freqüentam o lugar em busca de livros. Isso mesmo: livros! É a Borrachalioteca, projeto vencedor do prêmio Viva Leitura 2007 na categoria de bibliotecas públicas, privadas e comunitárias.
    A idéia de transformar uma borracharia em espaço literário foi do estudante de Letras Marcos Túlio Damascena. O rapaz gosta de ler desde pequeno. Em 2002, muito antes de entrar na faculdade, percebeu que o negócio da família tinha potencial para ser usado como instrumento de incentivo à leitura. Afinal, havia espaço para acomodar alguns livros. Tudo começou com aproximadamente 70 títulos, conseguidos na base da doação. Em pouco tempo, crianças, jovens e adultos já visitavam o local não para consertar pneus, mas para pedir livros emprestados. Hoje, o acervo chega a 7 mil exemplares. Seu ponto forte é literatura brasileira. O inventor da Borrachalioteca conta, com orgulho, que a obra completa de Fernando Sabino - um de seus escritores prediletos - ocupa lugar de destaque nas prateleiras.
   Além de emprestar livros, o espaço ganhou um anexo bem próximo, fruto de uma parceria com a prefeitura de Sabará. E a iniciativa de Damascena acabou se transformando em uma ONG, o Instituto Cultural Aníbal Machado (uma homenagem a outro dos autores preferidos do rapaz). A maioria das 200 retiradas mensais da biblioteca é feita por crianças, como Richard Marques, 8 anos, que vai ao local quase diariamente. "Gosto mais de ler do que de ficar na escola", diz o garoto, estudante de 3º ano.
   Ao longo do ano, Damascena organiza eventos na praça em frente à Borrachalioteca, envolvendo sempre o incentivo à leitura. Num palco feito com pneus de caminhão, já aconteceu de tudo - de encontro de contadores de histórias a peças encenadas por estudantes de escolas próximas. Os freqüentadores são de todas as idades, mas o público infantil conta com um acervo especial de 800 livros, além de mediação de leitura uma vez por semana. "O que fazemos é facilitar o acesso ao livro", diz o coordenador do projeto.
    E o que os pequenos mais gostam de ler? Eles começam pelos livros com muitas figuras e, aos poucos, passam para leituras mais difíceis. "As poesias têm um poder danado em nossa biblioteca, e a leitura delas nas mediações faz diferença", afirma Damascena. Para ele, todo professor deveria incentivar os alunos fazendo mediação. "Só assim eles terão prazer na leitura e deixarão de ler por obrigação."
    Na Borrachalioteca, quem faz mediação de leitura é a esposa de Damascena, Aguida Alves, às vezes acompanhada do filho Sartre, que já pegou gosto pelos livros, mesmo com apenas 5 anos. Agora, o casal de voluntários se prepara para abrir outra biblioteca, no bairro de Cabral. "Nossa pretensão é levar cultura e diversão aos moradores por meio do incentivo à leitura." Uma sede nova para a Borrachalioteca também está nos planos, mas próxima à localização atual, onde tudo começou. "Eu gostava de ler quando era criança, mas não tinha acesso a tantos livros, pois venho de uma família financeiramente modesta", diz o rapaz. "Garantir esse acesso é minha principal motivação."
 





 


 
 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

PRÊMIO RBS

Ideias para ler o mundo

A partir de hoje, professores e educadores que desenvolvem projetos de apoio à leitura podem participar do Prêmio RBS de Educação. Com o slogan Para Entender o Mundo, o prêmio vai divulgar e valorizar iniciativas que incentivam a leitura nas salas de aula ou em projetos comunitários. O evento de lançamento será ao vivo, no programa “Jornal do Almoço” de hoje, na RBS TV
As palavras são capazes de levar o leitor até lugares distantes e a habitar cenários ilimitados. Mergulhar em um texto é uma conquista, principalmente quando há o apoio de um leitor experiente.

O 1º Prêmio RBS de Educação – Para Entender o Mundo vai homenagear e divulgar as boas ideias daqueles que se preocupam em incentivar a leitura em sala de aula ou em grupos comunitários. O tema do concurso, que será lançado hoje e é promovido pelo Grupo RBS e pela Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, é a mediação de leitura, ou seja, uma forma criativa de fazer a ponte entre o texto e os leitores.

“O mediador de leitura é aquele que entende daquilo que vai ser lido e vai ajudar as pessoas que têm dificuldade, como se fosse uma leitura comentada”, explica Bia Cortese, coordenadora de projetos do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), responsável pelo apoio técnico do concurso.

O prêmio ocorrerá em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Para marcar o lançamento, o “Jornal do Almoço” preparou a edição especial que vai ao ar hoje na RBS TV. O programa mostrará que cada Estado vai premiar três categorias, somando R$ 155 mil em prêmios. A inscrição é gratuita e deve ser feita no site www.premiorbsdeeducacao.com.br. Podem participar professores e educadores que desenvolvam práticas de apoio à leitura em qualquer disciplina. Os concorrentes devem escrever um relato sobre a experiência e registrá-lo no site. A seleção será feita por especialistas, que vão eleger nove finalistas. Os vencedores serão anunciados em uma cerimônia de premiação.

“Um dos valores da RBS é o desenvolvimento coletivo, porque nos sentimos comprometidos com as comunidades em que atuamos. Este prêmio está alinhado à nossa responsabilidade empresarial, à nossa preocupação como empresa com o desenvolvimento da sociedade”, afirma o presidente-executivo do Grupo RBS, Eduardo Sirotsky Melzer.

Mais do que reconhecer trabalhos bem-sucedidos, a ideia é fazer com que boas práticas sejam divididas e replicadas em sala de aula. O Brasil está na 55ª posição no ranking de leitura do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), entre 65 países.

“A RBS está comprometida com a causa da educação, com iniciativas objetivas que visem ao aperfeiçoamento e ao avanço da educação em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Neste contexto é que lançamos o Prêmio RBS de Educação, iniciativa que pretendemos realizar todos os anos, mostrando exemplos de boas práticas e provocando a mobilização da comunidade para este avanço, que é do interesse da nossa sociedade”, afirma o presidente do Conselho de Administração do Grupo RBS, Nelson Sirotsky.

QUAL É O PRAZO PARA INSCRIÇÕES?
De 13 de maio a 14 de julho.
ONDE SE INSCREVER?
No site www.premiorbsdeeducacao.com.br, onde também está o regulamento do prêmio.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Para Isabel Solé, a leitura exige motivação, objetivos claros e estratégias

 Para a especialista, o professor ajuda a formar leitores competentes ao apresentar, discutir e exercitar as principais ações para a interpretação

  Pesquisas sobre como o leitor interage com o texto circulam no ambiente das universidades desde a década de 1970. Coube à espanhola Isabel Solé, professora do departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação na Universidade de Barcelona, na Espanha, trazer a discussão para as salas de aula. Publicado originalmente em 1992, seu livro Estratégias de Leitura estiúça o papel do professor na formação de leitores competentes. "O ensino das estratégias de leitura ajuda o estudante a aplicar seu conhecimento prévio, a realizar inferências para interpretar o texto e a identificar e esclarecer o que não entende", explica. De sua casa, em Barcelona, Isabel apontou caminhos para a atuação prática.

Qual a maior contribuição do livro Estratégias de Leitura para a aprendizagem em sala de aula?
ISABEL SOLÉ Eu diria que o maior mérito foi colocar ao alcance dos professores de Educação Básica uma forma de pensar e entender a leitura que já era bastante conhecida no âmbito acadêmico, mas ainda não tinha muito impacto na prática educativa. Afinal, são os docentes que de fato contribuem para a melhoria da aprendizagem da leitura.

O que a escola ensina sobre a leitura e o que deveria ensinar?
ISABEL Basicamente, a escola ensina a ler e não propõe tarefas para que os alunos pratiquem essa competência. Ainda não se acredita completamente na ideia de que isso deve ser feito não apenas no início da escolarização, mas num processo contínuo, para que eles deem conta dos textos imprescindíveis para realizar as novas exigências que vão surgindo ao longo do tempo. Considera-se que a leitura é uma habilidade que, uma vez adquirida pelos alunos, pode ser aplicada sem problemas a múltiplos textos. Muitas pesquisas, porém, mostram que isso não é verdade.

Hoje em dia, o que significa ler com competência? ISABEL Quando o objetivo é aprender, isso significa, em primeiro lugar, ler para poder se guiar num mundo em que há tanta informação que às vezes não sabemos nem por onde começar. Em segundo lugar, significa não ficar apenas no que dizem os textos, mas incorporar o que eles trazem para transformar nosso próprio conhecimento. Pode-se ler de forma superficial, mas também pode-se interrogar o texto, deixar que ele proponha novas dúvidas, questione ideias prévias e nos leve a pensar de outro modo.

Ensinar a ler é uma tarefa de todas as disciplinas?
ISABEL Sim. Não apenas para aprender, mas também para pensar. A leitura não é só um meio de adquirir informação: ela também nos torna mais críticos e capazes de considerar diferentes perspectivas. Isso necessita de uma intervenção específica. Se eu, leitora experiente, leio um texto filosófico, provavelmente terei dificuldades, pois não estou familiarizada com esse material. É preciso planejar estratégias específicas para ensinar os alunos a lidar com as tarefas de leitura dentro de cada disciplina.

Como os professores das diferentes áreas devem se articular entre si?
ISABEL O que aprendi em minhas conversas com professores é que os da área de línguas têm um papel importantíssimo para ajudar os alunos a melhorar a leitura e a composição de textos no campo de ação da própria língua e da literatura. Os responsáveis pelas demais disciplinas, por sua vez, podem lidar com textos mais específicos. Aliás, como assinalam muitos especialistas, quem leciona também deve aprender progressivamente a compreender e produzir os textos próprios de suas áreas. Em seguida, uma assembleia de professores ou a coordenação podem planejar que, digamos, o titular de História ensine a resumir textos como relatos, que o de Ciências ajude a produzir relatórios e a entender textos instrucionais e assim por diante. Outra proposta é, sempre que possível, trabalhar com enfoques mais globalizantes, com toda a equipe reforçando procedimentos de leitura e produção escrita.

Como é possível motivar os alunos para a leitura?
ISABEL Uma boa forma de um docente fomentar a leitura é mostrar o gosto por ela - quer dizer, comentar sobre os livros preferidos, recomendar títulos, levar um exemplar para si mesmo quando as crianças forem à biblioteca. Os estudantes devem encontrar bons modelos de leitor na escola, especialmente aqueles que não possuem isso em casa.

E como despertar o interesse para a leitura para aprender? ISABEL O fundamental é que os alunos compreendam que, se estão envolvidos em um projeto de construção de conhecimento ou de busca e elaboração de informações, é para cobrir uma necessidade de saber. Muitas vezes, o problema é que que eles não sabem bem o que estão fazendo. Nesse caso, é natural que o grau de participação seja o mínimo necessário para cumprir a tarefa. Quando os objetivos de leitura são claros, é mais fácil estar disposto a consultar textos ou a procurar algo numa enciclopédia.

De que forma as estratégias realizadas antes, durante e depois da leitura podem auxiliar a compreensão?
ISABEL Elas ajudam o estudante a utilizar o conhecimento prévio, a realizar inferências para interpretar o texto, a identificar as coisas que não entende e esclarecê-las para que possa retrabalhar a informação encontrada por meio de sublinhados e anotações ou num pequeno resumo, por exemplo.

Se pudesse modificar algum ponto em seu livro, qual seria? ISABEL Eu insistiria muito mais na conexão profunda que existe entre leitura e escrita quando o objetivo é aprender. Essa tarefa híbrida entre a leitura e a elaboração do que se lê por meio de resumos, sínteses e notas tem um impacto muito importante na aprendizagem. Algo que tenho visto nas investigações mais recentes do grupo de pesquisa de que faço parte é que muitos alunos, quando têm de fazer um resumo depois de ler, cumprem a tarefa sem voltar ao texto original para ver se o que se destacou é fiel ao que se leu. Creio que é preciso romper com a sequência "primeiro ler depois escrever". Em vez disso, é melhor pensar que se faz uma leitura já com o propósito de escrever, num processo que envolve a revisão do escrito.


segunda-feira, 6 de maio de 2013

Por que usar o dicionário?

Faça do dicionário um aliado e descubra como incentivar seu filho/aluno a fazer uso desta valiosa ferramenta

Durante a leitura, não saber significados pode comprometer o entendimento. A utilização do dicionário é um ótimo recurso para garantir um verdadeiro mergulho no mundo das palavras
Quando entramos em contato com algo novo, nem sempre entendemos exatamente do que se trata. Nossa curiosidade e sede de saber, entretanto, requerem um entendimento pleno. No caso das palavras, para satisfazer plenamente tal entendimento, há um recurso muito simples e prático: o dicionário.
Segundo o próprio dicionário, a definição para esta palavra é: "conjunto de vocábulos de uma língua ou de termos próprios de uma ciência ou arte, dispostos, em geral, alfabeticamente, e com respectivo significado, ou a sua versão em outra língua."
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), fora ou dentro da escola, um dicionário pode prestar muitos e variados serviços; cada um deles associado a um determinado aspecto da descrição lexicográfica, ou seja, do conjunto de explicações que ele fornece sobre cada uma das palavras registradas. Vejamos os mais importantes desses serviços:
• indicar o domínio, ou seja, o campo do conhecimento ou a esfera de atividade a que a palavra está mais intimamente relacionada; tal informação é particularmente importante quando uma mesma palavra assume sentidos distintos (ou acepções) em diferentes domínios, como "planta", em biologia e em arquitetura;
• dar informações sobre as funções gramaticais da palavra, como sua classificação e características morfossintática (descrição gramatical);
• indicar os contextos mais típicos de uso do vocábulo e, portanto, os valores sociais e/ou afetivos a ele associados (níveis de linguagem; estilo);
• assinalar, quando é o caso, o caráter regional de uma palavra (informação dialetológica);
• descrever a pronúncia culta de termos do português (ortoépia) e a pronúncia aproximada de empréstimos não aportuguesados;
• prestar informações sobre a história da palavra na língua (datação; indicação de arcaísmos e de expressões em desuso)
• revelar a origem de um vocábulo (etimologia).

Vejamos, agora, algumas informações adicionais que podem nos ajudar
1) A partir de qual série escolar é introduzido o uso do dicionário?
     "O dicionário pode ser introduzido logo no ciclo inicial da alfabetização. Ainda que seus usuários, no caso, as crianças, não possuam leitura autônoma, já aprenderam que a fala é diferente da escrita, já identificam letras e, nessa fase, tudo o que precisam são incentivos e orientações seguras, afinal, eles querem ler e escrever. Nesse sentido, o dicionário torna-se um excelente aliado desde as séries iniciais, uma vez que traz curiosidades sobre as palavras e auxilia na ampliação do vocabulário", diz Karla Szelmenczi Ramos, orientadora pedagógica da Educação Infantil do Colégio Albert Sabin, de São Paulo (SP).

2) Com que idade a criança está apta a consultar um dicionário corretamente?
     Quando o dicionário é introduzido em sala de aula desde as séries iniciais, e tendo sido seu uso bem orientado pelos professores, os alunos devem sair do primeiro ciclo do Ensino Fundamental - 5º ano, por volta dos 10 anos de idade - familiarizados com o uso do dicionário. Estarão aptos a manuseá-lo com autonomia e serão capazes de ler, compreender e usar as informações nele disponibilizadas.

3) Como se dá o processo de aprendizado da criança, desde o primeiro contato, até que se familiarize com o dicionário?
     "Os dicionários devem estar disponíveis em sala de aula para que sejam exaustivamente manipulados", diz Karla Szelmenczi Ramos, orientadora pedagógica da Educação Infantil do Colégio Albert Sabin, de São Paulo (SP). Se possível, deve-se ter, em sala de aula, vários tipos de dicionário. Atualmente, existem até dicionários especialmente elaborados para as crianças menores, que se encontram no início da alfabetização. Eles são fartamente ilustrados e seus verbetes são escolhidos a dedo, de acordo com as palavras mais consultadas. Há também dicionários temáticos. E, claro, aqueles que mantêm a forma tradicional. É importante que esses vários tipos sejam comparados pelos alunos. Quanto maior for o contato e o manuseio, mais rápido será o aprendizado.

4) Quando se faz uma leitura para uma criança, ao se deparar com uma palavra cujo significado ela desconhece, é válido interromper a leitura e recorrer ao dicionário?
     Ana Carolina Rebouças Bressane, orientadora pedagógica e educacional do Colégio Rainha da Paz, de São Paulo (SP), comenta: "Não utilizamos esse procedimento com nossos alunos. Primeiramente, finalizamos a leitura do texto. Depois, orientamos os alunos a refazerem a leitura, para identificar palavras ou trechos que não ficaram claros. Discutimos, então, tais palavras ou trechos, com a finalidade de que os alunos possam compreendê-las a partir do contexto, sem a utilização do dicionário. O recurso da consulta é empregado num segundo momento, pois as crianças não conseguirão identificar o significado mais adequado se não compreenderem o texto como um todo."
Karla Szelmenczi Ramos, orientadora pedagógica da Educação Infantil do Colégio Albert Sabin, de São Paulo (SP) complementa: "Após a consulta ao dicionário, devemos nos lembrar que, para a criança, é importante retomar a leitura um pouco antes do ponto em que ela parou."

5) Na escola, como são elaboradas as atividades com emprego do dicionário?
     Em primeiro lugar, é importante ensinar aos alunos os motivos pelos quais eles precisam consultar um dicionário, como verificar a ortografia da palavra, a separação de suas sílabas, seu significado e os diversos usos de uma mesma palavra.
A partir daí, a consulta ao dicionário também deve ser ensinada. Invariavelmente, esse aprendizado parte de outro: a ordem alfabética. "As atividades são elaboradas de acordo com três eixos: o primeiro, ensinar ao aluno o que é e para que serve um dicionário; o segundo, ensiná-lo a localizar um verbete no dicionário; e o terceiro, orientar o aluno a incorporar a palavra aprendida ao seu vocabulário. As atividades também não podem ser reduzidas a exercícios de fixação para procurar palavras em dicionários, mas devem estar inseridas em um contexto, com demandas típicas da linguagem, como, por exemplo, descobrir como se escreve corretamente a palavra 'exceção', ou o que significa 'boquiaberto'", relata Karla Szelmenczi Ramos, orientadora pedagógica da Educação Infantil do Colégio Albert Sabin, de São Paulo (SP).

6) Como despertar o interesse da criança para o uso do dicionário?
     Despertamos o interesse da criança quando conseguimos instigar sua curiosidade."O uso do dicionário pelo adulto é uma forma eficaz de despertar o interesse da criança. Não podemos esperar que ela faça algo que não fazemos", diz Ana Carolina Rebouças Bressane, orientadora pedagógica e educacional do Colégio Rainha da Paz, de São Paulo (SP).
Quais são os benefícios do uso do dicionário? Ana Carolina Rebouças Bressane, orientadora pedagógica e educacional do Colégio Rainha da Paz, de São Paulo (SP), ressalta: "Ampliação do repertório, maior entendimento da língua materna e fonte de pesquisa de questões relacionadas `a gramática." Karla Szelmenczi Ramos, orientadora pedagógica da Educação Infantil do Colégio Albert Sabin, de São Paulo (SP), complementa: "Fazer uso das informações que o dicionário traz para incorporar novos vocábulos e assim se expressar melhor, tanto na linguagem oral quanto na escrita."

7) De que maneira pode se estimular a criança a usar o dicionário?
     Ana Carolina Rebouças Bressane, orientadora pedagógica e educacional do Colégio Rainha da Paz, de São Paulo (SP), destaca dois procedimentos que podem auxiliar na construção deste hábito: "a consulta para identificação de significados e a consulta para a verificação da grafia correta das palavras."
Karla Szelmenczi Ramos, orientadora pedagógica da Educação Infantil do Colégio Albert Sabin, de São Paulo (SP), acredita que, "entendendo o uso e a função do dicionário em toda sua abrangência, a criança sentir-se-á estimulada a incorporar o hábito de consultá-lo em seu dia a dia."

8) Os dicionários virtuais substituem os impressos?
     Poder usá-los virtualmente, apesar da era digital em que vivemos, não deve significar abandonar o uso dos dicionários impressos e todo o aprendizado que eles ensejam, principalmente nas primeiras séries do Ensino Fundamental, quando o manuseio se faz fundamental.

9) Do ponto de vista pedagógico, qual a importância do uso do dicionário?
     De acordo com Karla Szelmenczi Ramos, orientadora pedagógica da Educação Infantil do Colégio Albert Sabin, de São Paulo (SP), "do ponto de vista pedagógico, quando falamos em dicionário, podemos citar os diferentes "tipos de livros" e os diferentes gêneros textuais, como ponto de partida do aprendizado, além de todo o conteúdo e benefícios que os dicionários trazem. À medida que as crianças se habituam a localizar as palavras, começam a perceber a regularidade com que elas são apresentadas no dicionário, como, por exemplo: os verbos serão sempre apresentados em sua forma infinita, as palavras estarão sempre no singular. Esses são aprendizados valiosíssimos adquiridos a partir do uso do dicionário."
"É importante apresentar diferentes dicionários para os alunos durante a escolaridade, como, por exemplo, dicionários que tratem de mitologia grega, os quais são usados como fonte de pesquisa para o levantamento de informações relacionadas a seus personagens", complementa Ana Carolina Rebouças Bressane, orientadora pedagógica e educacional do Colégio Rainha da Paz, de São Paulo (SP).

Considerações para o auxílio e estímulo do uso do dicionário:
- Certificar-se que a criança já está alfabetizada e, portanto, apta ao uso do dicionário. - Salientar a função do dicionário e seus benefícios, conforme descrito nos itens acima.
- Ajudar a criança na busca, apontando a importância de se nortear pelas três primeiras letras sequenciais da palavra, que geralmente aparecem no topo da página.
- Reforçar que a busca se dá, invariavelmente, por ordem alfabética.
- Uma vez localizado o verbete e seus diversos significados, o adulto deve auxiliar a criança a constatar qual o significado mais adequado da palavra em questão, de acordo com o contexto em que está inserida.

http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/usar-dicionario-738934.shtml

sexta-feira, 3 de maio de 2013

A IMPORTÂNCIA DA PONTUAÇÃO


   Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta.
Escreveu assim:
Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.' Morreu antes de fazer a pontuação.
   A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro concorrentes.
 1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
 2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
 3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
 4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a
conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.


Moral da estória:
Assim é a vida. Pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que colocamos os pontos. E isso faz toda a diferença.

Tirinhas – Plano de Aula





Turma:
6º ano

Objetivos
Trabalhar com um texto leve e com imagens para dar início às atividades de interpretação, avaliar o nível de interpretação a que os alunos conseguem chegar, introdução e discussão do tema bullying, introdução ao texto narrativo.
Conteúdo
Leitura, interpretação e produção textual.
Métodos
Serão distribuídas entre os alunos 5 tirinhas do Calvin, abordando a temática Bullying na escola. Deve-se discutir se eles conhecem o personagem e contextualizar a história previamente. Em seguida, será dado o seguinte questionário:
a) Tirinha 1: Quais os personagens que aparecem?
b) Tirinha 1: Por que Calvin se submete às ordens do menino Moe?
c) Tirinha 2: O mesmo menino volta a ameaçar Calvin. Qual o termo que Moe usa para se dirigir a Calvin? O que você acha do termo usado?
d) Tirinha 2: Calvin diz odiar Educação Física. Você acha que esse ódio tem alguma relação com os atos de Moe?
e) Tirinha 3: Calvin teve coragem de se opor a Moe. Qual a consequência disso?
f) Tirinha 3: Você concorda com a afirmação de Calvin em sua última fala? Explique.
g) Qual você acha que deve ser o motivo pelo qual Moe toma atitudes agressivas em relação a Calvin?
h) Qual você acha que deveria ser a atitude de Calvin para não ter mais problemas com Moe?
i) Você já viu alguma situação semelhante em sua escola? Conte como aconteceu.
j) Assinale o termo abaixo que você acha que pode ser mais corretamente aplicado ao ocorrido entre Calvin e Moe:
( ) Racismo = é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras.
( ) Violência doméstica = é aviolância, explícita ou velada, literalmente praticada dentro de casa ou no âmbito familiar, entre indivíduos unidos por parentesco civil (marido e mulher, sogra, padrasto) ou parentesco natural pai, mãe, filhos, irmãos etc.
( ) Bullying = termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully - «tiranete» ou «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.
As respostas serão debatidas em grupo, ou entregues à professora.

Recursos didáticos
Tirinhas, caneta, quadro.

Avaliação
Os resultados (respostas dos questionários) servirão como base para identificar qual o nível de interpretação dos textos em que se enquadra a turma; além disso, os alunos deverão ser capazes de identificar o que é bullying e de pensar em soluções para esses casos.